TVI diz que suspensão do Jornal Nacional partiu do presidente da Prisa
A decisão de suspender o Jornal Nacional de sexta-feira partiu directamente do presidente da Prisa, em Espanha, e foi comunicada à direcção da TVI hoje de manhã, disseram fontes da estação
De acordo com as mesmas fontes, o director-geral da TVI, Bernardo Bairrão terá ainda tentado convencer a Prisa a não suspender o jornal de sexta-feira, apresentado por Manuela Moura Guedes.
O director-geral da TVI Bernardo Bairrão, que era vice de José Eduardo Moniz e que lhe sucedeu após a saída para o grupo Ongoing, tem estado incontactável.
O Jornal Nacional estava previsto recomeçar na próxima sexta-feira com uma investigação sobre o caso Freeport, com documentação «que contradiz as informações que têm sido publicadas», segundo disse Manuela Moura Guedes.
O jornal de sexta da TVI é líder de audiências, não tem orçamento próprio e não é dispendioso, pois é praticamente todo feito com jornalistas da casa, asseguraram as fontes, desmentindo rumores de que a justificação para a decisão se prendia com os custos do noticiário.
A direcção de informação da TVI demitiu-se hoje em bloco devido ao cancelamento do Jornal de Sexta.
Além da direcção de informação, também a chefia de redacção - António Prata e Maria João Figueiredo - apresentou demissão.
A direcção de informação era, até agora, composta pelo director, João Maia Abreu, e pelos adjuntos, Mário Moura e Manuela Moura Guedes.
O grupo Prisa, que em Espanha detém órgãos de informação como o El País, a cadeia de televisão Telecinco e cadena Ser, adquiriu a Media Capital - proprietária da TVI - em Julho de 2005 a Pais do Amaral.
Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=146852